quarta-feira, 27 de julho de 2011

Justificativa




Drummond que me perdoe,
nas tudo o que escrevo, senti um dia.
São dores, alegrias, frustrações...
São os vestígios do mais íntimo de mim.


Não posso inventar sentimentos
para escrever sobre eles.
Também não posso escrever
sobre aquilo que não sei.


Sei de mim e por isso escrevo.
Mesmo que não faça sentido
para ninguém mais, escrevo.
Descarrego no papel o que me aperta o peito.


São as minhas razões, meus motivos.
Traduzido por meio de palavras,
de sons, de significados... Existo,
por isso sofro, choro, amo.


Nem tudo o que sinto escrevo.
Mas se está escrito, fez parte de mim.
Divido com o mundo os meus vestígios.
E continuo sofrendo, chorando, escrevendo...


04/08/10 – 10:33

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