quarta-feira, 27 de julho de 2011

Cor póstuma

Aqui jaz uma flor.

Não sei a quanto tempo nasceu,
e nem de onde veio sua semente.

Quantos pássaros a beijaram?
Quantos sentiram seu perfume?
Não sei. Agora ela está no chão.

Suas pétalas estão secando ao sol.
Sua leveza? Já não existe mais.
Chegou ao fim a pequena flor,

que um dia, talvez, fez brotar sorrisos.
Iluminando dias nublados...
Colorindo sonhos... Que não existem mais.

Dorme, pequena flor!
Pequeno poço de esperanças esquecidas.
O seu legado não foi em vão...

Mesmo que muitos nunca a tenham visto,
guardada estará em várias memórias.
Imbuída em muitas vidas.

Agora se foi e não mais voltará.
Participou do ciclo da vida
e cumpriu seu papel doce de flor.

Não pode mais ver o passar das horas,
mas pode voar... Livre de si mesma,
por um infinito colorido...

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